Vida, não como a conhecemos, é possível em Titã, uma das luas de Saturno

Vida, não como a conhecemos, é possível em Titã, uma das luas de Saturno .

Um novo tipo de vida, livre de oxigênio e baseada no metano, a qual pode metabolizar e reproduzir de forma similar à vida na Terra, foi modelada por uma equipe de pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA.
Levando em consideração as visões imaginativas e rigidamente científicas, os engenheiros químicos e astrônomos oferecem um gabarito para a vida que poderia prosperar num mundo inóspito e frio – especificamente em Titã, a lua gigante de Saturno.  Um corpo repleto de mares de metano líquido, Titã poderia abrigar células livres de oxigênio, baseadas em metano.
Eles teorizaram membranas de células, feitas de pequenos compostos de nitrogênio orgânico e capazes de funcionar nas temperaturas do metano líquido, que são de 292 graus abaixo de zero.  O trabalho, publicado dia 27 de fevereiro na Science Advances, foi liderado por Paulette Clancy, especialista em dinâmica química molecular, e James Stevenson, um aluno de graduação em engenharia química.  O co-autor do trabalho é Jonathan Lunine, diretor do Centro de Pesquisa Espacial e Radiofísica da Universidade Cornell.
Lunine é um especialista nas luas de Saturno e um cientista interdiciplinar da missão Cassini-Huygens, que descobriu os mares de metano/etano em Titã.  Intrigado pelas possibilidades de vida com base em metano nessa lua, e munido de um financiamento da Fundação Templeton para estudar vida não aquática, há aproximadamente um ano, Lunine procurou assistência do corpo docente da Cornell, com experiência em modelamento químico.  Clancy, que nunca havia conhecido Lunine, ofereceu sua ajuda.
Não somos biólogos e não somos astrônomos, mas tínhamos as ferramentas certas“, disse Clancy.  “Talvez isso ajudaria, por que não entramos nisso com quaisquer preconcepções sobre o que uma membrana deveria ou não conter.  Somente trabalhamos com os compostos que sabíamos existir lá e perguntamos, ‘Se esta é a nossa palheta de cores, o que podemos fazer disso?’ ”
Na Terra, a vida é baseada em dupla membrana fosfolipídica, uma vesícula forte, permeável, com base em água, que abriga a matéria orgânica de cada célula.  A vesícula feita de tal membrana é chamada de liposomo.  Assim, muitos astrônomos procuram por vida extraterrestre na região chamada de zona habitável ao redor do Sol, que é a estreita região na qual a água pode existir no estado líquido.  Mas e se as células não fossem baseadas na água, mas no metano, que tem um ponto de congelamento muito mais baixo?
Os engenheiros chamaram sua membrana celular teórica de “azotosoma“; “azoto” vindo do francês para nitrogênio.  “Liposoma“, vem do grego “lipos” e “soma“, que significa “corpo lipídeo“.  Desta forma,  por analogia, “azotosoma” significa “corpo de nitrogênio“.
n3m3

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AUTOR Daniel Baptista

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